Paz, ó meu coração, para que seja doce a hora do adeus; para que não seja uma morte, e sim o cumprimento de um destino.
Vivamos da saudade do nosso amor, transformando em canções a nossa dor.
Termine aquela fuga alta pelo céu num quieto fechar de asas sobre o ninho.
Seja doce como a flor que se abre de noite o nosso derradeiro aperto de mão.
Espera um pouco mais, lindo fim do nosso amor: e dize-nos, no silêncio, as tuas últimas palavras!
Eu me inclino e levanto a minha lâmpada para alumiar o teu caminho.
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TAGORE, Rabindranath. O jardineiro. [trad. Guilherme de Almeida]. Rio de Janeiro: José Olympio, 1943. p. 91.
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