Libélula gentil
voa
sê veloz
cruza, leve, os nimbos
dos que mais se desesperam
e não têm voz,
veloz torna-te visível,
convida, azul, os olhos
e os espantos.
Onde padecem vidas perdidas
nos sulcos tão profundos do escuro
tece a tua roca luminosa,
pousa a esmeralda de uma hipótese,
de uma asa.
Em seguida roça cada coisa
soletra bem seu nome
e torna-a verdadeira.
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PUSTERLA, Fabio. Argéman: antologia poética. Juiz de Fora: Macondo, 2018. p. 59.
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