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21 de novembro de 2011

Da moda, máxima #6

Se você diz aos homens e sobretudo aos nobres que Fulano tem virtude, eles dizem: "Que a guarde"; que ele tem muito espírito, principalmente esse espírito que agrada e diverte, eles respondem: "Melhor para ele"; que ele é muito culto, que sabe muito, eles perguntam que horas são e como está o tempo; mas se você lhes disser que há um Tigilio que bebe de um trago um copo de aguardente e, coisa maravilhosa! - que repete diversas vezes essa façanha numa refeição, então dizem eles: "Onde está ele? Leve-o amanhã em casa ou hoje de noite. Você o leva?" Leva-se, e esse homem, próprio para figurar nas exibições de feiras ou ser mostrado a domicílio por dinheiro, é admitido na intimidade deles.


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LA BRUYÈRE. Os caracteres. [trad. Alcântara Silveira]. São Paulo: Cultrix, 1965. p. 174-5.

12 de julho de 2010

Máxima #57

A zombaria é, muitas vezes, indigência de espírito.


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BRUYÈRE, La. Os caracteres. Tradução de Alcântara Silveira. São Paulo: Cultrix, 1965. p.75.

Máxima #37

Não há nada, por mais sutil, simples e imperceptível, em que não haja maneiras que nos revelem. Um tolo não sai, nem entra, nem se senta, nem se levanta, nem se cala, nem permanece de pé como um homem inteligente.


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BRUYÉRE, La. Os caracteres. [trad. Alcântara Silveira]. São Paulo: Cultrix, 1965. p. 42.

14 de junho de 2010

Máxima #18

A mesma agudeza de espírito que faz escrever boas coisas, faz perceber que talvez elas não o sejam bastante para merecerem ser lidas.

Um espírito medíocre julga escrever divinamente; um espírito sagaz pensa escrever razoavelmente.


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BRUYÈRE, La. Os caracteres. São Paulo: Cultrix, 1965. p. 35.

Máxima #10

Há na arte um ponto de perfeição, como o há de excelência ou maturidade na natureza. Aquele que o sente e o ama tem o gosto perfeito; o que não o sente e que o aprecia aqui ou ali, tem o gosto defeituoso. Há, portanto, bom gosto e mau gosto, e é com fundamento que se discutem os gostos.


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BRUYÈRE, La. Os caracteres. São Paulo: Cultrix, 1965. p. 34.