I am for the most part so convinced that everything is lacking in basis, consequence, justification, that if someone dared to contradict me, even the man I most admire, he would seem to me a charlatan or a fool.
31 de outubro de 2024
HERRON, Mick. The secret hours. London: Baskerville, 2023. pp. 303-4. e-book.
It becomes quiet when she stops talking. The rain still falls, so the windows are noisy; there is traffic at the far end of the road, but these sounds simply nibble at the edges: the witness’s story is the only thing happening. So when she stops talking, the quiet takes over, and settles on all three like ash from a distant bonfire.
21 de outubro de 2024
RICE, Anne. The tale of the body thief. New York: Ballantine books. 1992. p. 309. e-book.
5 de outubro de 2024
ONFRAY, Michel. A política do rebelde: tratado de resistência e insubmissão. [trad. Mauro Pinheiro]. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. p. 79.
ONFRAY, Michel. A política do rebelde: tratado de resistência e insubmissão. [trad. Mauro Pinheiro]. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. pp. 72-3.
O diploma atesta e certifica a utilização correta da razão, quer dizer, sua execução segundo os costumes sociais confirmados, mas certamente não em virtude da pura inteligência ou da inventividade radical.
ONFRAY, Michel. A política do rebelde: tratado de resistência e insubmissão. [trad. Mauro Pinheiro]. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. p. 72.
Os velhos e as velhas, aos quais são negados todos os direitos salvo o de ser ainda consumidor e gastar de sua aposentadoria no jogo social consumista, sofrem progressivamente a privação de toda arrogância permitida aos jovens: sem sensualidade, nem sexualidade triunfante, uma vida privada que se quer modesta e discreta. Empurrados docilmente em direção à saída, os afagamos, conservamos e veneramos, desde que reciclem suas economias dentro da máquina social.
19 de setembro de 2024
CIORAN, Emil. Silogismos da amargura. [trad. José Thomaz Brum]. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 53.
Se a História tivesse uma finalidade, como seria lamentável o destino daqueles que, como nós, nada fizeram na vida. Mas no meio do absurdo geral, nos erguemos triunfantes, nulidades ineficazes, canalhas orgulhosos de haver tido razão.
CIORAN, Emil. Silogismos da amargura. [trad. José Thomaz Brum]. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 47.
Só vivo porque posso morrer quando quiser: sem a ideia do suicídio já teria me matado há muito tempo.
CIORAN, Emil. Silogismos da amargura. [trad. José Thomaz Brum]. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 31.
Com tuas veias carregadas de noites, te encontras entre os homens como um epitáfio no meio de um circo.
16 de setembro de 2024
CIORAN, Emil. Silogismos da amargura. [trad. José Thomaz Brum]. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 13.
Esgotados os modos de expressão, a arte se orienta para o sem-sentido, para um universo privado e incomunicável. Todo estremecimento inteligível, tanto em pintura como em música ou em poesia, nos parece, com razão, antiquado ou vulgar. O público desaparecerá em breve; a arte o seguirá de perto.
Uma civilização que começou com as catedrais tinha que acabar no hermetismo da esquizofrenia.