27 de julho de 2010

Emergência


Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
- para que possas, enfim, profundamente respirar.

Quem faz um poema salva um afogado.


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QUINTANA, Mario. Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Globo, 1987.

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