2 de janeiro de 2020

A grande fome do Conde Ugolino

      Quando não houve mais prantos e gritos, sua descendência toda brilhando em ossos pelo chão, tirou enfim do bolso a cópia da chave, abriu a porta, e palitando dos dentes a doce carne da sua carne, desceu a longa escada da torre.

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COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 137.