2 de outubro de 2010

Meio-dia


Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo o deus deserto.
A luz cai implacável como um castigo.
Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso solitário e antigo
Parece bater palmas.


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ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Mar. Lisboa: Caminho, 2004. p. 17.

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