A religião do trabalho fez do desempregado um mártir. O fervor que ela exige e os sacrifícios que espera transformaram os solicitantes de emprego em pecadores e em penitentes que podem obter o perdão e a salvação à medida que merecerem e receberem uma redenção à custa da impassibilidade e da submissão às necessidades das leis, se não da fatalidade, pelo menos de um mercado que faz reinar seu terror por meio da penúria organizada do trabalho no lugar da partilha.
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