29 de janeiro de 2010
Num automóvel aberto
riem mascarados.
Só minha tristeza não se diverte.
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ANDRADE, Carlos Drummond de. Boa companhia: haicais. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 49.
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Carlos Drummond de Andrade,
poemas
28 de janeiro de 2010
27 de janeiro de 2010
S. O. S.
O poema é uma garrafa de náufrago jogada ao mar.
Quem a encontra
Salva-se a si mesmo...
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QUINTANA, Mario. O livro de haicais. São Paulo: Globo, 2009.
25 de janeiro de 2010
Poema
A poesia está guardada nas palavras - é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
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BARROS, Manoel de. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 19.
15 de janeiro de 2010
Se o artista aceita pagar com sua vida para descer até o fundo da sua noite, não é para fazer uma obra e ser coroado por ela sob os refletores.
[...]
Daí sua [de Beckett] observação: "Ser um artista é fracassar", e mesmo "ousar fracassar, como nenhum outro ousa fracassar". E fracassar é malograr na busca de uma "forma para o ser". Pois "o ser é fragilidade, caos", e como tal ele ameaça constantemente a forma. Consequência: o ser (a coisa inominável) não se dá senão por meio da falência, do fracasso das formas. A linha geral do artista pode ser, então, definida pelo princípio de uma "fidelidade ao fracasso".
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PRADO JR., Plínio. O evento Beckett. Revista Cult. São Paulo, nº 142, p. 62, dez. 2009.
13 de janeiro de 2010
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