Termo criado por Thomas Huxley (naturalista inglês), em 1869, para designar a predisposição de seu espírito (e que acabou sendo tomada como uma metáfora do espírito científico em geral) de considerar inútil qualquer discussão ou reflexão acerca da verdade que não tenha como base o método positivo científico, ou seja, que não possa ser testada, posta à prova empiricamente. No caso, isso diz respeito diretamente às questões de ordem metafísica e religiosa (como a existência de Deus, do absoluto, da alma, etc.). Não se trata, no entanto, de uma recusa absoluta desses problemas - nem mesmo de professar um ateísmo profundo -, mas de uma supressão do juízo a respeito desses temas (uma espécie de ceticismo metafisico, de quem nem afirma nem nega, preferindo a dúvida a qualquer tipo de certeza dogmática). Digamos que é uma ignorância confessada a respeito do tema; eis porque agnóstico se opõe a gnóstico (aquele que acredita ter um conhecimento especial da esfera religiosa). Para um agnóstico, portanto, a ciência não pode provar nem a existência nem a inexistência de Deus; logo, para ele, trata-se de um problema de fé e não de ciência.
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SCHÖPKE, Regina. Dicionário filosófico: conceitos fundamentais. São Paulo: Martins Fontes, 2010. p. 17.
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